Política

Caso das Joias: PF cumpre mandatos contra Wassef e pai de Mauro Cid

Nesta sexta-feira (11) a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cesar Barbosa Cid e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente.

O intuito é investigar desvios de joias e outros bens de valor obtidos pelo ex-ajudante de ordens nas viagens oficiais no governo de Bolsonaro e sua possível venda ilegal no exterior. De acordo com a PF, se tem indícios de que o pai de Cid. Teria participado da venda dessas joias e chegou a emprestar sua conta bancária no exterior para o recebimento de valores desses negócios.

Com a investigação foi possível detectar que Wassef participou do esquema com o objetivo de recomprar parte desses bens para devolvê-los ao Tribunal de Contas da União (TCU). Quando as apurações começaram a mirar as joias dadas a Bolsonaro. Mauro Cid (filho), preso desde maio, e o tenente do Exército Osmar Crivellati também foram alvos da operação.

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro “para desviar bens de alto valor patrimonial. Entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, informou a PF.

O Supremo Tribunal Federal expediu os mandados dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). De acordo com as informações divulgadas pela PF, os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Ex-ajudante de Bolsonaro tentou vender relógio de luxo

Segundo documentos enviados a CPI do 8 de janeiro, Mauro Cid tentou vender por US$ 60 mil (cerca de R$ 292 mil) um relógio da marca Rolex recebido por Bolsonaro em viagem oficial à Arábia Saudita.

O relógio foi dado a Bolsonaro em 30 de outubro de 2019 durante almoço oferecido pelo rei da Arábia Saudita à comitiva brasileira. Na ocasião, a defesa de Cid disse que não teve acesso ao material e, portanto, não iria se manifestar.


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