Política

“Não podemos ser escravos de algoritmos”, alerta Flávio Dino em encontro no Mercosul

Declaração foi data durante encontro com ministros da Justiça do Mercosul, em Bueno Aires

Em discurso nesta sexta-feira (02), o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, alertou os participantes do encontro de ministros da Justiça do Mercosul. De acordo com ele, os países precisam enfrentar de forma conjunta alguns dos grandes desafios do “mundo contemporâneo”.

Entre esses desafios em especial os relativos ao papel da internet. “Nós não somos algoritmos. Não somos e não podemos ser escravos de algoritmos. Nós não podemos jamais ser servos da inteligência artificial. Somos humanistas“, iniciou Dino.

Nós acreditamos no engenho humano. Acreditamos no talento humano”, pontuou o ministro, durante a 57ª Reunião de Ministros de Justiça do Mercosul e Estados Associados, em Buenos Aires, Argentina.

O ministro aproveitou para destacar a necessidade de integração e cooperação entre os países, afim de resolver esta e outras das “grandes questões da humanidade”. Assim, ele destaca que tais dilemas englobam desde as questões clássicas, como também “os desafios que marcam o século 21 especialmente dois”.

Um relativo às mudanças climáticas; e outro envolvendo o papel da internet nos nossos povos, inclusive para o primado dos direitos humanos”, concluiu o ministro.

No encontro foi assinado um acordo que determina a jurisdição internacional sobre o tema matrimônio, relações pessoais e patrimoniais entre os cônjuges, divórcio e separação conjugal. Bem como, relações pessoais, patrimoniais e dissolução das uniões estáveis.

Encontro entre Flávio Dino e Arthur Lira

Na última quinta-feira (01), Flávio Dino, foi a até a Câmara dos Deputados conversar pessoalmente com o presidente da Casa Arthur Lira. O encontro ocorreu após a divulgação da operação da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas diretamente ligadas a Lira.

A operação tem como foco a suspeita de fraude em licitação e lavagem de dinheiro na compra de kits de robóticas e equipamentos de robótica com verba federal em cidades alagoanas.

Segundo Dino sua conversa com Lira foi simples e objetiva e afirmou que na conversa ele disse que a operação cumpria ordem judicial: “Falei o óbvio: ordem judicial. Sou senador, ele é o presidente da Câmara. Anormal se eu tivesse ido lá antes da operação policial, o que jamais ocorreria”, declarou.

Já presidente da Câmara destacou que não se sente pressionado pela operação da Polícia Federal. De acordo com Lira, “cada um é responsável pelo seu CPF“.

Sobre a operação da Polícia Federal

A operação realizada pela Polícia Federal tem como objetivo investigar uma suspeita de fraude em licitação e lavagem de dinheiro em Alagoas devido á compra de equipamentos de robótica com verba federal .

Os mandados foram cumpridos em quatro estados e no Distrito Federal na última quinta-feira (1). Segundo informações divulgadas pela PF o grupo investigado é suspeito de desviar R$ 8 milhões na fraude praticada entre 2019 e 2022. Os equipamentos, que eram destinados a 43 municípios no estado de Alagoas, foram comprados com verba do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A Polícia Federal não divulgou com exatidão os nomes dos alvos da operação, mas segundo a TV Gazeta AL, um deles seria o funcionário da Câmara dos Deputados Luciano Ferreira Cavalcante. Assim, nomeado para a liderança do PP na Casa, à época em que o cargo era exercido por Arthur Lira (PP-AL), hoje presidente.

Outro alvo da operação é a empresa Megalic, que tem como sócio Edmundo Leite Catunda Junior, pai do vereador por Maceió João Catunda (PP), aliado político de Arthur Lira.

Na ação, foi apreendido em uma sala de um edifício comercial em Maceió, uma grande quantidade de dinheiro vivo. Assim, o montante estava guardado um cofre, onde foi estimado ter mais ou menos R$4 milhões de reais.

Além disso, foram apreendidos carros importados sendo eles cada um avaliados em mais de R$200 mil. Desse modo, os mesmos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Maceió.

Além disso, os Policiais federais apreenderam alguns documentos durante o cumprimento de mandados em uma em uma empresa que vende kits de robótica educacional na cidade de São Carlos (SP).


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