Iniciado em 7 de outubro o conflito entre Israel e Hamas em menos de um mês passa dos 10 mil em números de mortos nesta quarta-feira (1°). De acordo com o Ministério da Saúde palestino pode-se contabilizar 8.796 mil mortos. Além disso, a pasta registra mais de 22 mil feridos. Entre os israelenses, são 1,4 mil mortos e 5,4 mil feridos. As vítimas aumentam a medida que Israel intensifica os ataques aéreos e terrestres na Faixa de Gaza. Nesta quarta-feira, as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram mais de 11 mil alvos do Hamas .
Os militares israelenses pontuaram ainda que realizaram novos bombardeios durante esta madrugada, atingindo centros de comando operacional e células do grupo extremista. O conflito foi desencadeado após um ataque de Hamas em uma rave que acontecia no território de Israel no dia 7 de outubro . Naquele dia, 260 pessoas foram mortas na festa, incluindo três brasileiros: Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer, ambos de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes , de 42 anos.
De acordo com Israel, o Hamas mantém 239 reféns na Faixa de Gaza . Até o momento, foram libertadas duas estadunidenses, mãe e filha e mais duas mulheres israelenses, Nurit Cooper, de 79 anos, e Yocheved Lifshitz, de 85. Segundo um integrante do Hamas, os reféns capturados em Israel só serão libertados após um acordo de cessar-fogo. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, diz que não haverá concórdia com o grupo extremista e que continuará batalhando “até a vitória”.
“Pedir por um cessar-fogo é pedir para Israel se render ao Hamas, se render ao terrorismo, se render à barbárie. Isso não vai acontecer. Senhoras e senhores, a Bíblia diz que há o tempo de paz e o tempo de guerra. Esse é o tempo da guerra”, afirmou o premiê nesta semana, citando a Torá, livro sagrado do judaísmo. “Estamos em uma guerra difícil. Será uma longa guerra. Temos conquistas importantes, mas também perdas dolorosas”, afirmou Netanyahu em comunicado nesta quarta-feira.
Brasileiros devem deixar Gaza em Israel
O embaixador brasileiro no Egito, Paulino de Carvalho Neto, afirmou que os brasileiros devem deixar a Faixa de Gaza nos dois próximos dias. “Os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, há previsão de que eles possam sair em uma segunda etapa. Temos a expectativa, estamos trabalhando nesse sentido para que os brasileiros e também pessoas de outras nacionalidades possam sair entre amanhã e depois de amanhã. Mas isso é uma expectativa, não é uma certeza ainda”, afirmou.
A primeira lista de estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza foi composta apenas por cidadãos de países alinhados diplomaticamente a Israel. Diplomatas brasileiros afirmaram que receberam a informação de que uma nova lista pode ser divulgada nos próximos dois dias.
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