O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi gravemente ferido em um ataque a tiros ocorrido hoje (15) na cidade de Handlová, na Eslováquia. O incidente aconteceu quando Fico estava saindo de um edifício governamental e se aproximava de uma multidão que o aguardava. Segundo testemunhos, vários disparos foram ouvidos e o primeiro-ministro caiu ao chão, ferido no peito e no abdômen.
Fico foi prontamente atendido por agentes de segurança e evacuado em helicóptero para um hospital em Banska Bystrica. Segundo fontes médicas, ele estava consciente durante o traslado, e suas funções vitais foram estabilizadas. Embora inicialmente considerado em estado grave, foi confirmado que sua vida não está em perigo e ele será submetido a uma cirurgia.
A tentativa de assassinato provocou uma rápida resposta de líderes globais, que expressaram choque e condenação através de várias plataformas. O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou estar “profundamente chocado” e destacou que “a violência não deve ter cabida na política europeia“. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, descreveu o ataque como um “vil atentado” que “não tem lugar em nossa sociedade e socava a democracia“.
O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também se pronunciaram, condenando todas as formas de violência e reiterando o apoio ao primeiro-ministro Fico e ao povo eslovaco. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse estar “comovido” e enviou pensamentos para Fico e sua família.
O suposto autor dos disparos, um homem de 71 anos, foi detido pela polícia enquanto tentava fugir do local. A motivação por trás do atentado ainda está sendo investigada, mas o contexto político de Fico, conhecido por suas posições controversas, especialmente sua política externa com foco em uma abordagem mais neutra ao conflito entre Ucrânia e Rússia, sugere um pano de fundo complexo.
Robert Fico, que lidera o partido Direção-Socialdemocracia (Smer), assumiu seu terceiro mandato como primeiro-ministro em outubro de 2023, após servir de 2006 a 2010 e de 2012 a 2018. Desde o início de sua última gestão, ele interrompeu a ajuda militar a Ucrânia fornecida pelo governo anterior, advogando por negociações entre Moscou e Kiev.
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