Política

Polícia Federal detalha conversa de Marcos do Val sobre suposto plano golpista

Em conversas extraídas pela Polícia Federal no celular do senador afastado Marcos do Val (Podemos-ES), o parlamentar revela detalhes do suposto plano para a execução de toda uma trama golpista. A ideia era de impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e estariam envolvidos no plano o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB – RJ).

Marcos do Val está sendo investigado pela PF após a tentativa de impedir as investigações, além disso apresentou diversas versões diferentes sobre o caso. Em conversas extraídas de grupo no WhatsApp, o senador falava sobre um suposto plano para impedir a posse do presidente Lula.

Nas mensagens ele afirma que está “com a bomba na mão para destruir Bolsonaro e outra para destruir Lula”. Já em outra parte da conversa ele se coloca na seguinte posição: “simplesmente está em minhas mãos o destino de dois presidentes”, concluindo que ele era a peça chave na situação.

Essas informações estão no primeiro relatório de análise do celular que do Val entregou por vontade própria á Polícia Federal. Realizada em junho, uma operação da PF apreendeu outros aparelhos telefônicos, computadores e pendrives em endereços diretamente ligados a ele em Brasília e no Espírito Santo. Contudo, esses conteúdos ainda não foram apresentados.

De acordo com as investigações entre os crimes em que ele pode ser enquadrado, está o de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a outras pessoas.

Atualmente as contas do senador em redes sociais foram bloqueadas por determinação da Justiça.

Ex-presidente deve depor á PF sobre acusações de Marcos do Val

Nesta quarta-feira (12), uma nova audiência está marcada com a Polícia Federal para que o ex-presidente Jair Bolsonaro deponha sobre o suposto plano de golpe relatado pelo senador Marcos do Val.

Segundo do Val, a trama teria como intuito manter Bolsonaro no poder mesmo após a vitória de Lula. O assunto teria sido tratado durante uma reunião como ex-deputado Daniel Silveira e a presença do então presidente da república.

Em junho o depoimento de Jair Bolsonaro foi exigido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (TSE), Alexandre de Moraes. Além desse caso, o ex-presidente já prestou esclarecimentos sobre as joias sauditas, as fraudes em dados de vacinação e os atos golpistas.


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