Saúde

Laboratório pede incorporação da vacina contra dengue no SUS

Nesta quarta-feira (9) a ministra da Saúde, Nísia Trindade informou durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados que o laboratório japonês Takeda Pharma registrou solicitação formal para a incorporação da vacina Qdenga, contra a dengue, ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“O Ministério da Saúde tem mantido diálogo com a empresa Takeda, que também colabora com a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) para o Fator 8 contra a hemofilia. Essa empresa está em diálogo conosco. Entrou agora, no dia 2 de agosto, com a solicitação formal de sua incorporação”, ressaltou Trindade.

Em março, o imunizante recebeu aprovação através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com indicação para pessoas de 4 a 60 anos. Independentemente de exposição prévia ao vírus. Após o registro da solicitação formal para incorporação da vacina, a questão no momento deve ser analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec).

A dengue é um problema de saúde pública no Brasil que acompanho, pela minha trajetória na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), há 40 anos. Junto aos melhores especialistas. Sabemos que tem causas ambientais profundas e, com a mudança climática, tem se agravado no nosso país. Novas vacinas são fundamentais, mas, junto com elas, tecnologias de controle dos vetores, entre outras ações”, afirmou.

Vacina Qdenga

O imunizante é aplicado em duas doses com intervalo de três meses, e pode ser usado tanto em pessoas que já tiveram dengue quanto naquelas que não tiveram a doença. A primeira vacina do mundo contra a dengue, aprovada em 2015, só pode ser usada em pessoas que já foram contaminadas.

Segundo dados do laboratório, a vacina QDenga demonstrou eficácia de 80% na prevenção da febre causada pela dengue em crianças e adolescentes nos 12 meses que se seguiram à segunda dose. O principal estudo foi feito em oito países da América Latina e da região Ásia-Pacífico, com cerca de 20 mil crianças e adolescentes. O imunizante também reduziu em 90% os casos de hospitalização.


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