Em uma medida urgente para prevenir a perda de vacinas contra a dengue que estão próximas do vencimento, o Ministério da Saúde decidiu ampliar o público-alvo da campanha de vacinação. Agora, doses que expiram até 30 de abril serão administradas, prioritariamente, a crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Este anúncio foi feito após a observação de um risco iminente de expiração das doses disponíveis.
Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, “os municípios que tiverem muitas vacinas contra dengue com validade até 30/04, representando um risco de perda física, poderão aplicá-las em faixa etária ampliada, de 6 a 16 anos. Em caso de necessidade, municípios poderão ampliar a estratégia para a faixa etária aprovada pela Anvisa, entre 4 a 59 anos, conforme disponibilidade de doses que vencerão até 30 de abril de 2024“. Essa declaração foi feita em uma publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (18).
A alteração na estratégia de vacinação é descrita como temporária e visa a aproveitar integralmente os estoques antes que se percam pela proximidade do vencimento. Maciel ainda enfatizou a importância de atualizar a caderneta de vacina das crianças, para protegê-las e minimizar os riscos associados à dengue.
O público prioritário desde o início da campanha de vacinação, lançada em fevereiro, incluía crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Esta campanha inicialmente contemplava 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde.
Além da vacinação, o ministério relembra que o controle do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, continua sendo fundamental para prevenir a dengue e outras arboviroses urbanas, como chikungunya e zika. A prevenção inclui tanto o manejo integrado de vetores quanto medidas de proteção pessoal nos domicílios.
Para garantir que todos os indivíduos vacinados sob essa nova diretriz recebam suas doses completas, a Secretária assegurou que a segunda dose está garantida para todos os que participarem desta fase ampliada da campanha. Os responsáveis devem verificar com os gestores municipais a disponibilidade de vacinas e as faixas etárias especificamente liberadas para imunização em sua localidade.
