Política

‘Temos que fechar quase todos’, afirmou Lula sobre Clubes de Tiro

Nesta terça-feira (25) o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ter solicitado ao ministro da Justiça, Flávio Dino, o fechamento dos clubes de tiro no Brasil que se espalharam durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o atual chefe do Executivo, a população brasileira não precisa de armamento porque não há preparação para “uma revolução”.

“Não acho que o empresário que tem lugar para praticar tiro seja empresário. Sinceramente não acho. Já disse para Dino que temos que fechar quase todos e deixar aberto aqueles que são da Polícia Militar, do Exército e da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira. Não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe. ‘Se fu’”, afirmou Lula.

As declarações foram feitas pelo chefe do Executivo pela manhã durante mais uma edição de sua live semanal, “Conversa com o Presidente”. Lula aproveitou a oportunidade para enfatizar que é totalmente contra o porte de armas por civis e afirmou que o país vai melhorar assim que entrar “na era do livro e da cultura”.

Mesmo sem citar o nome de Jair Bolsonaro, o presidente pontuou que os decretos editados por seu antecessor que facilitaram a posse e o porte de armas com o objetivo de “agradar o crime organizado”. “Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida, material escolar, não consegue comprar um brinquedo no Natal”, começou.

“Então como as pessoas vão comprar fuzil, rifle, 10, 12, 15 pistolas. As pessoas querem comprar carne, óleo, cebola. Querem coisas para comer, escrever, livros. As pessoas não querem violência”, declarou Lula. Na última sexta-feira (21) o governo lançou o PAS (Programa de Ação na Segurança), elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O programa tem como objetivo estabelecer mudanças em relação ao controle de armas e segurança nas escolas, além de estabelecer o pacote da democracia, que propõe punições para crimes contra o Estado Democrático de Direito. O texto apresenta limitações ao que foi decretado por Bolsonaro, o novo decreto apresenta uma redução significativa nas permissões de uso e compra de armas para CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Reforma Tributária

Ainda durante a live realizada pelo presidente Lula nesta terça-feira (25), o petista declarou que a aprovação da reforma tributária pelo Congresso será “um bem” para o Brasil e não para ele ou o seu governo. Além disso, aproveitou para elogiar a medida e afirmar que ela visa baratear o imposto e aumentar a arrecadação.

“Daqui a pouco, tem um formato de uma política tributária aprovada que tem como objetivo baratear a quantidade de imposto, diminuir, tipificar com coisas menos burocráticas e fazer com que a gente, cobrando menos, arrecade mais porque todo mundo vai ser obrigado a pagar. Se isso der certo, é um bem para o Brasil, não é um bem para o Lula que está com 77 anos. É um bem para quem nasceu agora. Para o meu bisneto, a minha bisneta”, enfatizou.

De acordo com o presidente a aprovação da reforma tributária parecia impossível, isso porque já havia sido discutida por décadas no Congresso. Porém apontou que houve costura política para seu andamento feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

A reforma tributária foi aprovada pela Câmara no dia 6 de julho e foi enviada para análise dos senadores. O Senado deve demorar alguns meses para aprová-la e há indicação de que fará mudanças. Dessa forma, o texto terá que ser analisado novamente pelos deputados. A estimativa dos congressistas é de que esse processo tome todo o 2º semestre deste ano.


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