O principal programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família, atende no Rio Grande do Norte a mais de meio milhão de famílias, os dados estão no relatório de pagamento divulgado pelo Governo Federal neste mês de janeiro. De acordo com as informações estão sendo beneficiadas 505,7 mil famílias nos 167 municípios do estado.
Com um investimento federal de R$ 341,6 milhões, as transferências começaram nesta quinta-feira (18). O valor médio recebido pelos beneficiários potiguares é de R$ 675,52.
O calendário de pagamentos escalonados, iniciado nesta quinta-feira, seguirá até o dia 31, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) de cada integrante (confira a seguir o calendário de pagamento). Natal lidera com 79,4 mil famílias contempladas, recebendo em média R$ 688,25. Além da Capital Potiguar, outros municípios em destaque são Mossoró (34,8 mil famílias), Parnamirim (24,1 mil), São Gonçalo do Amarante (18,4 mil) e Macaíba (14,6 mil).
Valor médio pago aos beneficiários do Bolsa Família no RN
No que se refere ao valor médio pago as famílias beneficiárias, Triunfo Potiguar se destaca atingindo R$ 786,77 para 1.104 famílias beneficiadas. João Câmara, Lagoa de Velhos, Pureza e Jardim de Angicos também figuram na lista dos dez municípios com benefício médio acima dos R$ 700.
Além do suporte financeiro regular, o Bolsa Família incorporou benefícios complementares em 2023. Um destaque é o Benefício Primeira Infância, proporcionando um adicional de R$ 150 para 191,3 mil crianças de zero a seis anos no Rio Grande do Norte. Este benefício representa um repasse de R$ 27,3 milhões.
Outros benefícios variáveis, como acréscimos de R$ 50, são destinados a gestantes, mulheres em fase de amamentação, crianças e adolescentes de sete a 18 anos. Em janeiro de 2024, 8 mil gestantes, 10,7 mil mulheres em fase de amamentação, 266,2 mil crianças e adolescentes de sete a 16 anos e 57,4 mil adolescentes de 16 a 18 anos recebem esses benefícios.
Destaca-se também a Regra de Proteção, permitindo que famílias permaneçam no programa por até dois anos mesmo com a melhoria de condições financeiras. Em janeiro, 2,4 milhões de beneficiários no Brasil usufruem dessa regra, com um valor médio de repasse de R$ 373,07.
Perfil das famílias beneficiárias no RN
No que diz respeito ao perfil das famílias, a uma maioria são chefiadas por mulheres, refletindo a tendência nacional. No RN, 83,1% das famílias beneficiadas são conduzidas por mulheres, totalizando 420,5 mil famílias. No âmbito racial, 73% dos beneficiários se identificam como pretos ou pardos.
Beneficiários do Bolsa Família no Brasil
A nível nacional, o programa abrange 21,1 milhões de famílias, totalizando 57 milhões de pessoas em 5.570 municípios. O valor médio recebido em janeiro de 2024 é de R$ 685,61, superando a média anual de 2023, que foi de R$ 670,36.
A reformulação do Bolsa Família em 2023 introduziu benefícios complementares para reconhecer diferentes estruturas familiares. O Benefício Primeiro Infância, destinado a crianças de zero a seis anos, representa um investimento de R$ 1,36 bilhão. Outros benefícios, como gestantes, nutrizes e crianças e adolescentes de sete a 18 anos, somam R$ 703 milhões em janeiro de 2024.
Nordeste ainda tem o maior número de beneficiários do Bolsa Família
No panorama regional, o Nordeste lidera em número de beneficiários, com 9,5 milhões de famílias, seguido pelo Sudeste (6,3 milhões), Norte (2,5 milhões), Sul (1,4 milhão) e Centro-Oeste (1,19 milhão). Apesar da liderança em número de beneficiários pertencer a Região Nordeste, o estado com o maior contingente de famílias atendidas fica localizado na Região Sudeste do país.
Com 2,62 milhões nos 645 municípios do estado, com 1,78 bilhão em repasses do Governo Federal, São Paulo é o estado com maior número de famílias contempladas. Na sequência aparece a Bahia, com 2,48 milhões de integrantes do programa e R$ 1,67 bilhão em repasses. Outros seis estados somam mais de um milhão de beneficiários: Rio de Janeiro (1,74 milhão), Pernambuco (1,62 milhão), Minas Gerais (1,62 milhão), Ceará (1,47 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,2 milhão).
