Política

PF prende ex-bombeiro em operação que investiga a morte de Marielle Franco

Na manhã desta segunda-feira (24) a Polícia Federal prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. A prisão faz parte de um novo desdobramento da operação sobre o assassinato de Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, que aconteceu em 2018.

Batizada de Élpis (uma deusa grega que personifica a esperança) a operação acontece em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro. Uma coletiva de imprensa foi convocada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino para fornecer mais informações sobre a operação nesta segunda-feira.

Maxwell já tinha sido preso anteriormente em 2020 por suspeitas de envolvimento no caso de Marielle. Já em 2021, foi condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações e cumpria sua pena em regime semi aberto.

O ex-bombeiro virou o centro das investigações após a descoberta de que ele era o dono do carro que foi usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, ex-militar acusado de ser um dos autores do assassinato de Marielle Franco.

Entretanto, ainda não se tem informações se o motivo que levou Suel para a cadeia novamente foi através de uma nova descoberta. Desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência do Brasil o caso ganhou reforço e logo no começo do ano, Dino elencou a descoberta do mandante do crime como uma de suas prioridades na gestão.

Maxwell foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e foi levado para a sede da PF, na Zona Portuária. Ele foi preso na mesma casa onde foi detido anteriormente. Um carro do ex-bombeiro foi apreendido.

Ainda foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Grande Rio, confiram os alvos:

  1. Maxwell Simões Côrrea, conhecido como Suel ou Swel;
  2. Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa;
  3. Edilson Barbosa dos santos, conhecido como Orelha;
  4. João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como Gato do Mato;
  5. Alessandra da Silva Farizote;
  6. Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o Mauricinho;
  7. Jomar Duarte Bittencourt Junior, o Jomarzinho.

Caso Marielle Franco

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30 no dia 14 de março de 2018. Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu.

Na época as primeiras informações divulgadas pela polícia foram de que bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Além disso, os criminosos fugiram sem levar nada.

A vereadora havia participado no início da noite de um evento chamado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Rua dos Inválidos, na Lapa. No momento do crime, a Marielle estava no banco de trás do carro, no lado do carona. Curiosamente, um dia antes de ser assassinada, Marielle reclamou da violência na cidade, no Twitter. No post, ela questionou a ação da Polícia Militar.

“Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. Após o ocorrido, algumas Autoridades e parlamentares de diferentes vertentes políticas do Rio divulgaram notas de pesar pela morte da vereadora do PSOL.

Marielle tinha 38 anos e se apresentava como “cria da Maré”. Ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral.


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