Recentemente vimos que a Inteligência Artificial (IA) promete revolucionar os setores da aviação e da medicina, e agora ela está prestes a provocar uma mudança drástica no setor de fast food. De acordo com Rob Carpenter, fundador da Valyant AI, “em cinco a dez anos, a maioria das posições dentro dos restaurantes poderá ser automatizada, graças a diversos provedores de tecnologia“.
Essa notícia pode parecer surpreendente, mas já estamos vivenciando essa transformação em tempo real. Por exemplo, grandes redes de fast food, como McDonald’s, Taco Bell, Chipotle, Popeye’s, Domino’s e Wingstop, já estão incorporando a IA em suas operações.
Recentemente, o Wendy’s iniciou uma parceria com o Google para “revolucionar a experiência no drive-thru com inteligência artificial“. O projeto piloto vai empregar a IA do Google Cloud para se comunicar com os clientes e registrar os pedidos.
Por outro lado, a Valyant AI é responsável por um sistema similar de drive-thru chamado Holly, que, segundo Carpenter, consegue vender mais que os funcionários humanos. Holly já registrou mais de um milhão de pedidos no drive-thru e agora está trabalhando com Hardee’s e Carl’s Jr.
A IA nos bastidores da alimentação
Não é apenas no atendimento ao cliente que a IA está ganhando espaço. Ela também está automatizando os pedidos de comida através de quiosques de autoatendimento, simplificando o pagamento por meio de dispositivos móveis e até permitindo que robôs preparem as refeições. “Os humanos oferecem um item adicional em cerca de 50% das vezes. Já a Valyant faz isso em 200% dos casos, em média“, destacou Carpenter em entrevista à Fox News.
Essa revolução, no entanto, tem seu lado sombrio. A Goldman Sachs, em um relatório publicado em 26 de março, prevê que os avanços da IA poderiam eliminar ou diminuir 300 milhões de empregos. A tecnologia poderia causar uma “disrupção significativa” nos mercados de trabalho ao redor do mundo.
Preenchendo lacunas de emprego
Porém, Carpenter argumenta que a Holly e outras aplicações de IA substituirão muitos trabalhos que as franquias de fast food não conseguem preencher. Segundo a National Restaurant Association, quase dois terços dos operadores de restaurantes afirmam que não têm trabalhadores suficientes para atender à demanda.
A posição de atendimento de pedidos é considerada uma das menos desejadas nos restaurantes de fast food. “Essa deveria ser uma tarefa que um robô poderia fazer, pois é básica e automatizada”, argumenta Carpenter.
A IA tem a capacidade de trabalhar com consistência, independentemente da hora do dia. “Não importa se são 8h da manhã ou 2h da madrugada, a IA ainda parece animada e nunca se esquece de oferecer os itens adicionais”, conclui Carpenter.
Embora a implementação da IA possa trazer desafios para a força de trabalho, ela tem o potencial de transformar a experiência do cliente e melhorar a eficiência dos restaurantes. É certo que essa revolução tecnológica irá moldar o futuro do setor de fast food. Portanto, é fundamental acompanhar de perto essas mudanças e se preparar para um mundo cada vez mais digital e automatizado.
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