Política

CPMI do Golpe ouvirá ex-Diretor Geral da PRF

A suspeita é de que a instituição tenha reforçado as blitzes propositalmente no Nordeste no dia 30 de Outubro, afim de dificultar o transito de eleitores de Lula.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas após a descoberta dos conteúdos das mensagens no celular do tenente-coronel Mauro Cid. Retoma aos trabalhos nesta terça-feira (20). O primeiro a prestar depoimento foi o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.

Isso porque ele está sendo investigado pela CPMI por possível interferência nas votações do 2° turno das eleições presidenciais de 2022. A suspeita é que a PRF tenha reforçado as blitzes propositalmente no Nordeste no dia 30 de Outubro.

Dessa forma, atrasando os transportes, os eleitores teriam maiores dificuldades para chegarem as sessões de votação. A medida se intensificou justamente nas cidades onde o então candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva teria alcançado mais votos no primeiro turno.

Silvinei Vasques iniciou o depoimento as 9h desta terça-feira (20). Pedro Kelson, coordenador de articulação do Pacto Pela Democracia analisa sobre a escolha do ex-diretor-geral da PRF.

“Esse foi um fato bastante grave. Ele indica abuso de poder econômico e político. Aponta para o uso indevido da máquina pública para fins eleitorais. O Pacto Pela Democracia é uma coalizão que reúne 215 organizações da sociedade civil. Voltada à defesa e ao aprimoramento da vida política e democrática no Brasil”, afirma.

Confira detalhes sobre a segunda sessão da CPMI

Está marcada para a próxima quinta-feira (22), a segunda sessão da CPMI e tem como ouvinte o empresário George Washington de Oliveira Sousa.

No dia 24 de dezembro de 2022 o empresário admitiu ter colocado uma bomba em uma caminhão próximo ao aeroporto de Brasília. No mesmo dia a CPMI marcou no mesmo dia a oitiva do Valdir Pires Dantas Filho, perito da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pela desativação do artefato.

De acordo com a relatora da Comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o esclarecimento do ocorrido no dia 24 de dezembro é fundamental para a continuação dos trabalhos na CPMI.

Não foi uma ação de amadores ou uma trapalhada qualquer, foi uma tentativa de ato terrorista”, destacou a parlamentar.


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