Nos últimos dias, o cenário geopolítico foi marcado por um dos acontecimentos mais comentados em escala global: o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel. E essa situação não ficou restrita apenas aos noticiários internacionais. No Brasil, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) trouxe o tema à tona, expressando seu posicionamento de maneira controversa.
O Sindsaúde-RN, em sua publicação na plataforma Facebook, referiu-se à ofensiva do Hamas como uma “heroica resistência do povo palestino”. Baseando-se em um artigo da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas), o sindicato destacou o ataque como um evento sem precedentes que desafiou o caráter de ‘indestrutível’ de Israel, evidenciando sua dependência financeira com o governo norte-americano.
“O mundo parou para acompanhar os eventos protagonizados pela heroica resistência do povo palestino na manhã do sábado, dia 7 de outubro. A ação ‘Tempestade de Al Aqsa‘, realizada pelas Brigadas de al-Qassam (braço armado do partido Hamas), retomou inúmeros territórios invadidos por Israel […] Desde 1948, Israel ocupa de maneira criminosa e ilegal cerca de 88% dos territórios da Palestina histórica. Este processo culminou num êxodo em massa, e nestes últimos 70 anos, quase 6 milhões de palestinos tornaram-se refugiados”, diz trecho da postagem.
O Sindsaúde ainda defendeu que a ação não possui caráter terrorista, mas legítimo. “Israel, com a anuência do imperialismo mundial, promove uma limpeza étnica contra os palestinos e um regime de segregação racial que condena milhões ao tratamento desumano e antidemocrático […] Apesar da palavra terrorismo ter sido repetida inúmeras vezes nas últimas horas, a ação de resistência palestina é legítima e fundada no direito garantido aos povos invadidos de lutarem contra seus agressores”.
Reação nas redes sociais
Como era de se esperar, a postura do sindicato gerou uma série de reações nas redes sociais. Muitos internautas expressaram sua indignação, classificando a publicação como “criminosa”. Comentários como “matou criança e idoso virou heroísmo” e “vergonha!” inundaram a seção de respostas do post. “Eu tinha que ver com os meus próprios olhos para acreditar nessa aberração!”, enfatizou outra seguidora.
Confira a publicação do Sindsaúde-RN aqui
Contextualização do ataque
Em uma ofensiva surpreendente no último sábado (07), o Hamas lançou cerca de dois mil foguetes contra Israel. Extremistas ainda conseguiram infiltrar-se em algumas cidades israelenses, promovendo ataques diretos contra civis e militares. Israel, por sua vez, respondeu com bombardeios direcionados à Faixa de Gaza. Como consequência, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra, afirmando que o objetivo seria a destruição total do Hamas.
Os impactos desse conflito são devastadores. Centenas de mortes, sequestros e uma atmosfera de tensão e medo prevalecem na região. Até o momento, aproximadamente 1.587 pessoas perderam suas vidas de ambos os lados.
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