Os motoristas de ônibus de Natal anunciaram uma greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (3 de junho). A decisão foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro) e anunciada na sexta-feira (31 de maio).
Em um edital publicado nas redes sociais, o Sintro informou que será mantida uma frota de emergência de 30%, conforme a Lei da Greve. Os motoristas reivindicam um aumento salarial acima da inflação de pelo menos 5%, um vale-alimentação de R$ 600, plano de saúde totalmente pago pelas empresas, e a renovação das carteiras de habilitação também custeada pelas empresas. Além disso, os trabalhadores exigem a manutenção de todas as cláusulas já presentes na convenção coletiva.
A decisão pela greve ocorre após várias rodadas de negociação com as empresas de transporte público que operam na capital, sem que houvesse avanços significativos. Diante da falta de progresso, a categoria decidiu paralisar os serviços.
No edital de greve, o sindicato comunicou a população sobre a decisão:
“A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Rio Grande do Norte, no uso de suas atribuições estatutárias legais, e com base na lei n° 7.783, de 29/06/1989, comunica à população em geral que os trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (URBANO) decidiram em assembleia geral da categoria decretar greve por tempo indeterminado no município de Natal RN no prazo de 72 horas a contar da publicação deste edital, tendo em vista o não avanço nas negociações da Data base 2024/2025 da categoria.
Informamos ainda que será garantida a frota emergencial de 30% de acordo com a lei de greve n° 7.783, de 28 de junho de 1989. Natal-RN, 30 de maio de 2024.”
Antonio Júnior da Silva, presidente do SINTRO/RN.
A paralisação dos motoristas de ônibus é uma resposta direta à insatisfação da categoria com as condições atuais de trabalho e a falta de progresso nas negociações com as empresas. O impacto da greve será significativo para a mobilidade urbana de Natal, afetando milhares de usuários do transporte público diariamente.
A manutenção de uma frota emergencial de 30% busca minimizar os transtornos para a população, mas a expectativa é de que o movimento pressione as empresas a atenderem as demandas dos trabalhadores.
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