Política

Bolsonaro protesta contra novo decreto das armas de fogo

Na manhã desta segunda-feira (24) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou uma foto em seu perfil no Twitter em que aparece colocando uma faixa no gramado próximo ao memorial JK, localizado em Brasília com a seguinte frase: “Entregue sua arma, os vagabundos agradecem”.

A foto teve seu registro feito em 2004 quando Bolsonaro era deputado federal. Na situação, o ex-presidente protestava contra a destruição de armas recolhidas durante campanha do desarmamento. Na última sexta-feira (21) o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o novo decreto de armas que foi elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O texto limita posicionamentos estabelecidos durante o governo de Jair Bolsonaro. Dias atrás a Polícia Federal do Rio de Janeiro negou ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a renovação de seu porte de armas, que está vencido.

Ele possuí uma pistola Glock 9 milímetros e em uma publicação no seu perfil no Twitter o político afirmou que as ameaças à integridade física dele e de sua família aumentaram nos últimos anos. E a segurança tem sido reduzida. “Agora, essa questão do porte de arma. A conclusão é de vocês”

Entenda decreto que muda as regras estabelecidas por Bolsonaro

Na última sexta-feira (21) o presidente Lula assinou o novo decreto referente a regulamentação de armas de fogo no Brasil. Para CACs (colecionador, atirador desportivo e caçador) e defesa pessoal. A medida faz parte do Programa de Ação na Segurança (PAS) do Ministério da Justiça, que tem por objetivo diminuir a violência no país.

O decreto tem como objetivo o fortalecimento da segurança pública do Brasil e pretende endurecer as regras para compra, uso, posse e porte de Armas de Fogo. Além do funcionamento dos clubes de tiro. Medidas que foram alteradas e facilitaram o acesso a armas de fogo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um decreto com medidas visando o controle responsável das armas e mais de R$ 3 bilhões em recursos para os estados também foi apresentado pelo presidente Lula. “Estamos trazendo para o governo federal a responsabilidade pela segurança pública desse país. Junto com estados e municípios”, declarou Lula.

“Não queremos ocupar o papel dos estados porque quem cuida da polícia estadual é o governador do estado. O que queremos é ser parceiro, é contribuir para que a gente possa, tanto nas cidades como na Amazônia, diminuir a violência desse país”, afirmou o presidente em discurso durante a assinatura dos atos.

O novo decreto determina a redução de quatro para duas a quantidade de armas e de 200 para 50 o número de munições por arma/ano acessíveis a civis. Além disso, para que se tenha o uso liberado das armas será necessária a comprovação de “efetiva necessidade”.


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