Astrônomos equipados com o poder do Telescópio espacial Hubble fizeram uma descoberta intrigante: um enxame massivo de rochas na superfície do asteroide Dimorphos. Estas rochas, variando de alguns centímetros a vários metros, são agora um marco da ação do impacto da espaçonave DART da NASA em setembro de 2022.
Consequências inesperadas da missão DART
A missão DART da NASA, inicialmente saudada como um sucesso, teve consequências não intencionais. Cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, identificaram até 37 pedregulhos com até 7 metros de largura, que foram dispersos da superfície de Dimorphos após a colisão.
A pesquisa publicada no Astrophysical Journal Letters, mostrou que mesmo um pedregulho de 4,5 metros atingindo a Terra poderia liberar energia comparável à bomba atômica lançada em Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial. Embora nenhum dos destroços esteja em rota de colisão com a Terra no momento, há preocupações sobre futuros impactos.
As imagens reveladoras foram capturadas pelo Hubble em dezembro do mesmo ano, cerca de três meses após o impacto da DART.
Ao examinar as imagens, é possível observar os pedregulhos se movimentando juntamente com o Dimorphos, o que significa que ambos compartilham a mesma órbita em torno do Sol. Portanto, esses pedregulhos não são simplesmente objetos de fundo, mas provavelmente originários do próprio Dimorphos.
Implicações
Distribuídos em um amplo arco em volta de Dimorphos, as rochas têm uma concentração maior no lado posterior do asteroide. Esta distribuição sugere um detalhe fascinante: eles foram ejetados de um único ponto em Dimorphos e, posteriormente, espalhados pela força da pressão da radiação solar.
Então, o que isso significa para o mundo da astronomia? Para começar, este enxame de pedras oferece novas perspectivas sobre a formação e evolução dos asteroides. Há uma forte indicação de que Dimorphos não é um objeto monolítico, mas sim uma pilha de destroços unida pela gravidade.
Mais do que apenas pedras no espaço, o enxame de rochas em Dimorphos é um recurso inestimável para cientistas que estudam asteroides. Eles têm o potencial de desvendar os segredos da composição e estrutura de Dimorphos e fornecer um registro histórico de colisões no cinturão de asteroides. Além disso, estes pedregulhos podem ser alvos valiosos para futuras missões espaciais, funcionando como amostras de material de asteroide para estudos na Terra.
Com os avanços da tecnologia do Telescópio Hubble, os cientistas podem acompanhar os pedregulhos em observações futuras e coletar dados suficientes para determinar suas trajetórias precisas.
A equipe acredita que os pedregulhos foram ejetados do local do impacto ou lançados da superfície devido a tremores sísmicos.
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