Sisu terá apenas uma edição por ano a partir de 2024

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) terá novidades bem significativas a partir de 2024. O Ministério da Educação (MEC) decidiu reformular o processo de seleção para as universidades públicas, optando por uma única edição anual. Esta mudança, juntamente com as alterações na Lei de Cotas, promete impactar o acesso ao ensino superior no Brasil.

E como isso aconteceria? A partir do próximo ano, o Sisu realizará apenas uma edição por ano, marcada (a princípio) para acontecer entre janeiro e fevereiro. Esta decisão do MEC, que será formalizada nos próximos dias no Diário Oficial da União, visa abordar desafios identificados nas edições anteriores.

As edições do meio do ano, conforme observado pelo MEC, sofriam com altas taxas de desistência e um número considerável de vagas remanescentes. Segundo a pasta, concentração do processo seletivo em uma única edição anual é uma estratégia para melhorar a eficiência da alocação de vagas e reduzir o número de vagas não preenchidas.

Impacto da mudança no processo seletivo do Sisu

A nova estrutura do Sisu tem implicações significativas para os candidatos. Com apenas uma edição anual, os estudantes terão uma única oportunidade de usar suas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingressar em universidades públicas. Isso exige uma preparação mais focada e estratégica dos candidatos.

O processo seletivo, que tradicionalmente permitia aos alunos escolher duas opções de curso, manterá essa característica, mas agora com uma análise ainda mais criteriosa das vagas e notas de corte. As notas de corte, divulgadas diariamente durante o período de inscrição, são cruciais para que os estudantes avaliem suas chances em tempo real e ajustem suas escolhas conforme necessário.

A alteração no modelo do Sisu foi discutida em setembro, em reunião que contou com a participação de reitores e representantes do MEC na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília. Esta mudança promete intensificar a competição, exigindo dos candidatos uma vigilância constante e uma tomada de decisão rápida para assegurar uma vaga na universidade desejada.

Sisu e as alterações na Lei de Cotas

Além de anunciar uma revisão do formato do Sisu, o MEC implementou mudanças significativas na Lei de Cotas. Com a nova política, haverá uma reserva específica de vagas para quilombolas, alinhando-se às cotas já existentes para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência (PcD). A redução do teto de renda para acessar as cotas por vulnerabilidade socioeconômica – agora fixado em um salário mínimo por pessoa da família – busca ampliar a inclusão social no ensino superior.

Enquanto os estudantes se adaptam a este novo cenário, é fundamental que se mantenham informados e preparados para enfrentar um ambiente competitivo e em constante evolução.