O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que não deve desculpas ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, por tê-lo chamado de “corrupto comunista” durante a campanha eleitoral. “Qual é o problema de tê-lo chamado de corrupto? Por acaso não foi preso como corrupto? Eu o chamei de comunista, e ele não é comunista?”, indagou Milei em entrevista ao canal LN+.
Milei, conhecido por suas posições ultraliberais, questionou a necessidade de pedir desculpas: “Desde quando é preciso pedir desculpas por dizer a verdade? Estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda, mesmo quando é verdade?“.
O presidente argentino enfatizou que os “interesses de argentinos e brasileiros” são mais importantes do que o “ego inflamado de um canhotinho”.
Na última quarta-feira (26), Lula declarou que só conversaria com Milei quando o argentino pedisse “desculpas” ao Brasil e a ele por ter falado “muita bobagem”.
O cenário político entre Brasil e Argentina tem se mostrado tenso, com declarações públicas que acentuam as diferenças ideológicas entre os dois líderes. A troca de farpas teve início durante a campanha de Milei, quando ele atacou Lula com adjetivos polêmicos, gerando um desconforto diplomático entre os países.
Além disso, a situação se agrava pelo contexto histórico de prisão de Lula. Condenado por corrupção, o ex-presidente brasileiro foi preso e depois solto, um episódio que ainda gera controvérsias e é usado como argumento por opositores, como Milei, para justificar seus ataques. A tensão entre os dois presidentes reflete a polarização política presente em ambos os países, onde questões ideológicas frequentemente se sobrepõem a interesses diplomáticos.
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