No cenário atual, onde a maioria das compras é feita online, a segurança dos produtos adquiridos torna-se um assunto de extrema importância. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulgou nesta terça-feira (18) um alerta para os pais e responsáveis sobre os riscos associados aos neocubes, produtos que estão sendo “vendidos no comércio eletrônico, erroneamente, como brinquedos“. A preocupação surgiu após relatos de acidentes graves envolvendo crianças que circulam nas redes sociais.
O perigo dos neocubes
O Inmetro destaca que os neocubes não se enquadram na categoria de brinquedos, conforme a Portaria Inmetro 302/2021. “Não só os imãs podem ser soltos, como os produtos possuem partes pequenas e perigosas, sob o risco de ingestão“, alerta Márcio André Brito, presidente do Inmetro.
Essas esferas magnéticas, também conhecidas como Bucky Balls, Neo Balls ou Cubo Magnético, são vendidas em marketplaces como se fossem brinquedos, apesar de não serem regulamentadas pelo Inmetro. Ao contrário dos brinquedos tradicionais, que devem ter o selo de identificação da conformidade e indicação de faixa etária na embalagem, os neocubes não passam por nenhum controle de segurança para uso por crianças.
O que são neocubes?
Os neocubes são compostos por pequenas esferas coloridas (ou não) de ímãs de neodímio de, aproximadamente, 5mm. Quando agrupados, esses imãs podem formar cubos, dados e outros formatos. Apesar de serem indicados para uso terapêutico, eles são frequentemente encontrados em seções destinadas a brinquedos. Isso pode colocar as crianças em risco, pois podem engolir ou inalar esses componentes, que são pequenos e têm alta força magnética.
Riscos internacionais com neocubes
Márcio André Brito acrescenta: “No mercado internacional como Europa, EUA e Austrália, o produto passou por diversos recalls, pois essas bolinhas têm alto poder magnético: quando engolidas podem grudar no intestino, podendo causar obstrução, infecção, perfuração e a morte“.
Diante da crescente preocupação, o Inmetro notificou os comércios eletrônicos, visando reprimir a comercialização desses produtos e similares como brinquedos infantis. O instituto também pretende intensificar a vigilância sobre a venda de produtos e similares no comércio eletrônico.
Segurança em primeiro lugar
Portanto, é crucial que os pais e responsáveis estejam atentos e só permitam que as crianças brinquem com produtos que sejam certificados e adequados para a idade delas. Este é um lembrete importante da necessidade de verificar a origem e a segurança dos brinquedos que compramos, especialmente quando comprados online, onde a regulamentação pode ser menos rígida.
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