Mundo

Fugindo da Guerra, mais de 2.300 brasileiros pedem repatriação

Em meio a guerra entre Hamas e Israel, 2.377 brasileiros até o momento que estão no país foco do conflito se encontram inscritos no processo para repatriação ao Brasil, de acordo com a embaixada brasileira em Tel Aviv. O território israelense foi atacado pelo grupo radical Hamas no último sábado (07). Muitos dos inscritos brasileiros são turistas que visitavam a capital israelense e Jerusalém. Para solicitar a repatriação, os brasileiros preencheram o formulário on-line disponibilizado pelo Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.

De acordo com os dados da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, estima-se que há 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina, a grande maioria dos quais fora da área afetada pelos ataques. Segundo as informações da missão Operação Voltando em Paz, da Força Aérea Brasileira (FAB), o primeiro voo para resgatar os brasileiros em Israel deve retornar ao Brasil na madrugada desta quarta-feira (11) e pousar em Brasília por volta da 1h. No total, seis aeronaves da FAB foram enviados para repatriar os brasileiros que tentam sair de Israel devido ao conflito iniciado no último sábado (07).

Brasileiros em Israel, corpo de Ranani Glazer é encontrado

Entre os brasileiros que foram vítimas dos ataques em Israel, o corpo de Ranani Glazer de 23 anos foi encontrado. Ele estava desaparecido desde o último sábado quando participava de uma festa rave que foi atacada pelo Hamas na invasão a Israel. A informação da morte foi confirmada por familiares ao jornal Folha de S.Paulo na noite da última segunda-feira (09).

“O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos”, disse a tia de Ranani, Karen Glazer. Ranani estava acompanhado de sua namorada, Rafaela Treistman, e do amigo Rafael Zimerman, ambos brasileiros. Os três chegaram a fugir do local da festa e se enconderam em um abrigo. Porém, quando deixaram o esconderijo, Rafaela e Rafael não sabiam onde estava Ranani.

Antes de desaparecer, ele fez um vídeo em um refúgio atacado pelo Hamas. “No meio da rave, a gente parou num bunker. Começou a guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker”, relatou. Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (10) o Ministério de Relações Exteriores lamentou a morte do brasileiro e demonsotrou solidariedade à família e aos amigos do rapaz. Além disso, reiterou que repudia todos os atos de violência, sobretudo contra civis. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou a nota do Itamaraty em seu perfil nas redes sociais. 


Descubra mais sobre N10 Notícias

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo