EconomiaSaúde

Planos de Saúde: especialista esclarece principais dúvidas sobre reajuste nos preços

O percentual de reajuste será válido para o período de 1° de maio de 2023 até 30 de abril de 2024

Foi anunciado nessa segunda-feira (12), através da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o reajuste anual de 9,63% como índice máximo dos planos de saúdes individuais e familiares no país.

Esse aumento vai impactar mais ou menos 8 milhões de pessoas consumidoras em todo o país. Pessoas essas que representam 16% no total de 50,6 milhões de consumidores que usam o plano de assistência médica no Brasil.

reajustes em planos de saúde individuais (Créditos:Foto/Reprodução)

Vale ressaltar que esse percentual não inclui os contratos que são coletivos. Esse aumento significa mais que o dobro da inflação, o IPCA, que representa a principal referência de inflação no Brasil nos 12 meses que se encerraram em abril, teve o aumento de 4,18%.

O percentual de reajuste será válido para o período de 1° de maio de 2023 até 30 de abril de 2024. Esse aumento só se aplica na data de aniversário do contrato que significa o (mês de contratação do serviço).

No ano de 2022, a ANS aderiu um reajuste anual de 15,5% no que se tratava dos planos individuais e familiares. Com isso se tornou a maior alta autorizada desde 2000 quando se iniciou o modelo atual de reajuste.

Especialista explica sobre a sinistralidade no reajuste de planos de saúde

De acordo com o advogado Rogério Scarabel, sócio da M3BS Advogados e ex-diretor-presidente da ANS: “A dinâmica do reajuste individual e familiar, contempla uma composição de cálculo, que leva em consideração 80% de todas as despesas assistenciais. Nós estamos falando de sinistralidade, todas as despesas assitenciais comparadas de um ano com o ano anterior”, começou.

2023 está comparando todas as despesas com o ano de 2022 com 2021. E 20% dessa composição do reajuste é do IPCA. Então ele captura também a inflação para o cálculo das despesas administrativas. Quando a gente entende que toda utilização, todo impacto, toda a incorporação de tecnologia que foi feita, todos os gastos os aumentos dos insumos os custos dos procedimentos eles acabam se refletindo no reajuste“.

Então a utilização do sistema de forma mais racional e sem desperdício e sem a necessidade de refazer procedimentos, claro que dentro da necessidade deve ser feito. O importante para o cuidado da saúde é fazer na hora certa o diagnóstico certo, com tratamento certo e o mais eficiente possível. Mas todo desperdício acaba se refletindo também no reajuste na recomposição desse preço através do reajuste“, finalizou.


Descubra mais sobre N10 Notícias

Assine para receber os posts mais recentes por e-mail.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo