Meio Ambiente

Buraco na camada de ozônio atinge tamanho recorde em 2023

O satélite Copernicus Sentinel-5P trouxe notícias preocupantes para o mundo em 2023. O buraco na camada de ozônio sobre a Antártica alcançou uma dimensão recorde. No dia 16 de setembro, esta “área de depleção de ozônio” atingiu cerca de 26 milhões de km² – uma extensão aproximada de três vezes o tamanho do Brasil.

O tamanho do buraco da camada de ozônio não é estático. Ele flutua regularmente. Especificamente, de agosto a outubro, essa lacuna se expande, com seu pico ocorrendo entre meados de setembro e outubro. No entanto, há um alívio: quando as temperaturas na estratosfera começam a aumentar no hemisfério sul, a depleção de ozônio desacelera e, até o final de dezembro, retorna ao seu estado padrão.

Lançado em 2017, o Copernicus Sentinel-5P, também referido como Sentinel-5 Precursor, tem o nobre papel de ser o primeiro satélite Copernicus dedicado exclusivamente ao monitoramento da nossa atmosfera. Integrando uma frota de missões Sentinel, este satélite é parte de uma iniciativa da ESA, em prol do programa de monitoramento ambiental da União Europeia.

Tropomi: o olhar avançado sobre o ozônio

O Sentinel-5P é equipado com um instrumento vital: o espectrômetro de imagem multiespectral Tropomi. Esse dispositivo consegue detectar as “impressões digitais” de gases atmosféricos em diversas partes do espectro eletromagnético, permitindo assim uma visão mais nítida de diversos poluentes. E essas medidas não se limitam ao espaço. Logo após a coleta, os dados de ozônio total do Tropomi são processados no segmento terrestre do Sentinel-5P.

Diego Loyola, renomado cientista do DLR, destacou a precisão das métricas coletadas pelo Sentinel-5P. Essa precisão se traduz na habilidade de monitorar com mais eficácia a camada de ozônio e entender sua evolução ao longo do tempo. Tais informações são crucialmente fornecidas ao Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS), um serviço que faz parte de uma rede maior de observação e previsão.

Por que este buraco está tão grande?

A extensão do buraco na camada de ozônio é amplamente determinada pela força de uma banda de vento robusta circulando a região antártica. Esta particularidade meteorológica está ligada à rotação da Terra e às significativas diferenças de temperatura entre latitudes polares e temperadas. Entretanto, algumas especulações sugerem que um fator externo pode ter influenciado o crescimento deste buraco: a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai em 2022.

Na década de 70 e 80, a proliferação de clorofluorcarbonetos resultou na depleção da camada de ozônio. Em resposta, o mundo se uniu no Protocolo de Montreal em 1987, um acordo internacional que visa eliminar a produção dessas substâncias nocivas. Com tal iniciativa, espera-se que até 2050, a camada de ozônio retorne ao seu estado natural.

Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para romario@oportaln10.com.br.

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