A farmacêutica AstraZeneca anunciou o encerramento da produção e distribuição da vacina contra a Covid-19 em todo o mundo. Segundo a empresa, a decisão foi tomada devido ao “excedente de vacinas disponíveis” desde o início da pandemia em 2020.
“Como várias vacinas contra a Covid-19 e variantes foram desenvolvidas, há um excedente de vacinas atualizadas disponíveis“, afirmou a empresa, destacando que isso levou a uma redução na procura pelo imunizante.
O anúncio foi feito após o pedido de retirada voluntário iniciado em 5 de março, que entrou em vigor nesta terça-feira (7). No Brasil, a vacina da AstraZeneca é produzida pela Fiocruz, após um acordo de transferência de tecnologia formalizado em junho de 2021. A primeira dose foi aplicada no país em fevereiro de 2022, sendo uma das primeiras vacinas autorizadas no Brasil.
Efeito colateral
Recentemente, a AstraZeneca reconheceu diante da Justiça que a vacina pode causar um “efeito colateral raro”. Conforme reportagem do jornal britânico The Telegraph, a empresa enfrenta uma ação coletiva de 51 famílias que buscam indenizações que somam cerca de R$ 700 milhões.
O efeito adverso, embora raro, está detalhado na bula do imunizante: “Foram observados coágulos sanguíneos importantes em combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue (trombocitopenia) muito raramente, com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos vacinados“, esclarece o documento.
O N10 tentou contato com o Ministério da Saúde para obter um posicionamento sobre o fim da distribuição da vacina da AstraZeneca, mas até o momento, não obteve resposta.
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