Dor no nervo ciático pode afetar até 40% da população: Como aliviar os sintomas?

A dor é uma resposta do corpo a estímulos negativos, sendo um alerta para potenciais danos ou problemas. Uma das dores que tem chamado a atenção de muitos brasileiros é a dor no nervo ciático, uma queixa cada vez mais recorrente nos consultórios médicos. Entender essa dor, suas causas e como tratá-la é essencial para viver com saúde e qualidade de vida.

Dor no nervo ciático: Um panorama

Quase 40% da população já sentiu ou sentirá em algum momento da vida a dor no nervo ciático. Para entender essa dor, é crucial compreender a sua origem. O nervo ciático, conforme a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas e Saúde Postural, é o nervo mais extenso do corpo humano. Estendendo-se da região lombar até o dedão do pé, ele desempenha um papel fundamental nos movimentos dos membros inferiores.

A hérnia de disco, um deslocamento parcial ou total do disco intervertebral, é muitas vezes a vilã por trás da dor ciática. Esse deslocamento pode comprimir o nervo ciático, causando a dor que se irradia da lombar até o pé.

Desmistificando a dor no ciático

Entretanto, é essencial ressaltar: nem toda dor nas costas ou nas pernas é devido ao nervo ciático. Alguns sinais indicativos de problemas no ciático incluem:

• Dor em um único lado do corpo.
• Irradiação da dor dos quadris para nádegas e pernas.
• Dor que se intensifica ao sentar.
• Sintomas associados como formigamento, dormência ou ardência.

Walkíria ainda destaca que a dor no nervo ciático pode acarretar fraqueza e dificuldades de movimentação nos membros inferiores, com sua intensidade variando conforme a localização da compressão.

O elo entre o Nervo Ciático e a Hérnia de Disco

Jovens, muitas vezes devido a traumas ou esforços repetitivos, são suscetíveis a lesões nos discos intervertebrais. Esses discos funcionam como uma espécie de “amortecedores” entre os ossos da coluna. Se desgastados ou lesionados, podem comprimir o nervo ciático, gerando dor.

Entretanto, não são apenas os jovens que sofrem. Segundo Walkíria, após os 40 anos, a degeneração progressiva da coluna, um processo natural do envelhecimento, pode ser um fator associado à dor no ciático.

Tratando e cuidando da dor

A boa notícia, e que muitos desconhecem, é que em casos leves e moderados, não há necessidade de cirurgias. A recomendação inicial pode ser o uso de medicamentos para diminuir a inflamação e, consequentemente, aliviar a dor. A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação, especialmente na fase inicial do tratamento.

Depois de controlado o quadro agudo, a reabilitação é planejada. Técnicas como Reeducação Postural Global (RPG), uso de bandagem elástica e Pilates são armas poderosas na luta contra a dor no nervo ciático.

Prevenção é o melhor remédio

Sim, é possível prevenir a dor no nervo ciático. A começar por entender os fatores de risco:

• Idade: A dor ciática é mais comum em pessoas entre 45 e 64 anos
• Peso: Manter o peso adequado é fundamental para a saúde da coluna. O excesso de peso está ligado ao desgaste e às lesões dos discos intervertebrais.
• Tabagismo: Fumar aumenta o risco de dor lombar e dor no nervo ciático. Portanto, largue o cigarro agora.
• Estresse: Procure maneiras de gerenciar o estresse adotando bons hábitos, como se alimentar de forma saudável, praticar atividades físicas, fazer atividades de lazer, etc.
• Riscos ocupacionais: Há certas profissões que exigem maior esforço da coluna. Siga as recomendações de segurança do trabalho, faça os exames periódicos e procure manter posturas corretas de acordo com o tipo de função ocupada.
• Esportes: Levantamento de peso, ciclismo e outros esportes são importantes fatores de risco para a dor ciática e desgaste dos discos. O alongamento e o fortalecimento dos músculos podem ajudar a prevenir lesões.

Entender a dor no nervo ciático, suas causas, sintomas e formas de tratamento é fundamental. Cuidar da coluna e manter hábitos saudáveis é a melhor estratégia para viver sem dor. E lembre-se, ao sentir os primeiros sintomas, procure um especialista. Seu corpo agradece!