Economia

Preocupação dos brasileiros diminui ao compartilhar dados financeiros

Nos últimos quatro anos a preocupação dos brasileiros em compartilhar dados financeiros diminuiu, ao mesmo tempo, o Open Finance (compartilhamento autorizado de dados entre instituições financeiras) cresceu no Brasil. Segundo a pesquisa Open Finance Brasil, em 2021, 45,8% das pessoas se mostravam preocupadas em como tais informações seriam utilizadas. Já em 2023, esse percentual caiu para 34%.

Comparando 2021 e 2023, as quatro principais preocupações dos pesquisados sobre a utilização do open banking diminuíram. Insegurança sobre crime financeiro caiu de 48% para 36%, em 2023. A forma como os dados serão usados também teve queda, saindo de 45,8% para 34%, o medo da perda do anonimato sobre os dados diminuiu de 43% para 29% e a preocupação sobre falta de proteção reduziu de 41% para 28%.

De acordo com o estudo, 49% dos clientes que conhecem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se sentem mais confortáveis para compartilhar informações. Foi realizada em maio a pesquisa online Open Finance Brasil 2023, através da Ipsos a pedido da TecBan, com abrangência nacional. Foram entrevistados 1 mil homens e mulheres bancarizados, das classes A, B e C, com acesso à internet.

Rogério Melfi, gerente de Open Finance na TecBan atribui essa queda da desconfiança no compartilhamento de dados a mais educação financeira por parte das pessoas e a entrada em vigor da LGPD. “As pessoas começaram a entender o que elas têm de direitos e deveres com a Lei de Proteção de Dados”.

Melfi recomenda que o consumidor para proteger seus dados deve sempre utilizar os canais oficiais da sua instituição financeira e observar com cuidado se links em e-mails e SMS são, de fato, provenientes do seu banco.

Detalhes sobre a Lei Geral de Proteção de Dados

A LGPD criada no final de 2018, entrou em vigor em setembro de 2020. Em agosto deste ano, a possibilidade de punições para quem violar a lei começou a valer. Baseada no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GRPD, na sigla em inglês) da União Europeia. A lei brasileira adequa o processamento de informações pessoais no país.

A LGPD visa proteger os direitos de liberdade e de privacidade, criando normas a serem seguidas por empresas e governos para a coleta e o tratamento de dados pessoais (como nome, CPF, endereço) e de dados sensíveis (como biometria e informações sobre política e religião).

A LGPD vale para dados pessoais de pessoas que estejam no Brasil no momento da coleta de suas informações (brasileiros ou não). A lei vale também para dentro do território nacional, independentemente da sede da empresa coletora ou do país onde fica a base de armazenamento dessas informações. Por fim, ela também protege os que são usados para o fornecimento de bens e serviços à população.


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