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Governo promove a redução em 10,96% do valor de carros novos

Os preços cairão por contada redução de alíquotas de impostos

O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira (25), uma nova medida que irá beneficiar a indústria automobilística. A iniciativa tem como objetivo reduzir o valor final de veículos novos em solo brasileiro.

Esta atitude será capaz de diminuir uma porcentagem no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para a indústria automobilística. 

A redução que indicarão sobre o valor dos automóveis será de 1,5% a 10,96% com base no sistema de valores, densidade industrial no país e eficiência energética. Esta determinação valerá em automóveis a partir de 120 mil. 

No entanto, ainda não há definição sobre qual será o nível de redução das alíquotas e qual o artifício que o governo usará para suprir este benefício. Esta providência está em pauta no Ministério da Fazenda. 

Além disso, o governo tem 15 dias para trazer medidas que serão utilizadas na edição de uma lei para diminuir o IPI. Sem falar de uma MP (Medida Provisória) para reduzir os PIS/Cofins que irá parar no Congresso Nacional onde deverá esperar a aprovação. 

A notícia foi dada pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin depois de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes da indústria automobilística. Além disso, estiveram presentes representantes da associação de trabalhadores. O encontro ocorreu em Brasília no Palácio do Planalto. 

Governo fala sobre o desconto nos carros novos

Neste evento, o presidente e seu vice debateram com os representantes do setor medidas a curto prazo para elevar o acesso da população a automóveis novos. Assim como para ampliar a cadeia de produtividade anexada ao campo automotivo, almejando a renovação de frota no Brasil. Dessa maneira, de acordo com o que explicou Alckmin este benefício será provisório para esta ocasião do estado das fábricas. 

Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o valor final para o consumidor tem a possibilidade de reduzir até 60 mil, com base na política de cada montadora.

Nos tempos atuais não se pode adquirir um automóvel popular por um valor menor que R$ 68 mil. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, relata que é de grande importância que o benefício seja de no mínimo um ano para ter um planejamento assertivo e aumentar o investimento na indústria. 

De acordo com Leite, estes descontos são instantâneos depois da publicação da MP e do decreto, refletindo sobre os automóveis que já estão nos pátios de montadoras. 

Critérios 

O vice-presidente explicou que criarão uma metodologia para inserção dos descontos, que levarão em consideração 3 critérios: O primeiro é a questão social, do preço do carro. “Hoje o carro mais barato custa quase R$ 70 mil. Então, queremos reduzir esse valor”, comenta.

 “O carro, quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI e PIS/Cofins. Então, o primeiro item é social, é você atender mais essa população que está precisando mais.”

O próximo critério é a eficiência energética, “é quem polui menos”. “Então, você premia e estimula a eficiência energética, carros que poluem menos, com menor emissão de CO2 [gás carbônico, gases de efeito estufa]”, explica.

Para o presidente da Anfavea, de maneira geral, com a renovação da frota, já conseguira benefícios ambientais para o Brasil, visto que um automóvel usado pode emitir 23 vezes mais gases de efeito estufa que um veículo novo.

E finalmente o governo explica o critério da densidade industrial.

 “O mundo inteiro, hoje, procura fortalecer a sua indústria. Então, se eu tenho uma indústria [em] que 50% do carro é de peças [fabricadas no Brasil] e feito no Brasil e o outro é 90%, isso vai ser levado em consideração”, disse Alckmin.

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