Na tarde desta quarta-feira (31) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversa por telefone com o Papa Francisco o convidou para uma visita ao Brasil. A conversa foi confirmada pelo próprio Lula nas redes sociais.
Na postagem o presidente ainda afirmou ter discutido sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia. “Conversei agora há pouco por telefone com o Papa Francisco. Cumprimentei o Papa pelos esforços na defesa na paz na Ucrânia e no combate à pobreza”.
“Agradeci os gestos na defesa da democracia em nosso país nos últimos anos. Devemos ter uma audiência no Vaticano nos próximos meses e convidei o Santo Padre para visitar o Brasil.”
Posição de Lula sobre a guerra Ucrânia e Rússia
O presidente Lula, tem defendido a importância um diálogo que envolva diversas nações e que tenha como objetivo a paz entre Rússia e Ucrânia .
Em sua última viagem para a China Lula já tinha tocado no assunto. Dessa forma o presidente defendeu o fim do conflito entre as duas nações. Assim também, na sua passagem pelos Emirados Árabes o presidente apoiou a construção de uma espécie de G20 com o objetivo de colocar um fim na guerra entre os países.
“A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, declarou. “Quando houve a crise econômica de 2008, rapidamente nós criamos o G20 para tentar salvar a economia. Agora é importante criar um outro G20 para acabar com a guerra e estabelecer a paz”, destacou.
Relações entre Brasil e Santa Sé
A última vez que um presidente Brasileiro esteve com a autoridade máxima do Vaticano foi em fevereiro de 2014. Na época, a presidente Dilma Rousseff fez uma segunda visita ao Vaticano.
Anteriormente, em 2013, Dilma também esteve presente no Vaticano, dessa vez para assistir à posse do Papa Francisco, o primeiro Papa latino e sul-americano. Em novembro de 2008, foi firmado um acordo entre as duas nações sobre o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil.
Dessa maneira, o acordo consolidava as regras para a atuação da Igreja no nosso país. A princípio o objetivo era dar maior segurança jurídica às relações do Brasil com a Santa Sé. Contudo, sem comprometer o princípio laico do Estado. O acordo está em vigor desde 2010.
