Nesta quinta-feira (22) o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias prestou depoimento na CPI dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Gonçalves Dias afirma que não teve acesso a qualquer relatório da Abin e ainda afirmou que o documento que foi enviado no Congresso sofreu manipulação.
“A Abin respondeu ao Congresso com um compilado de mensagens de aplicativo. Esse documento tinha ‘ministro do GSI’. Nunca participei de nenhum grupo de WhatsApp, eu não sou o difusor daquele compilado de mensagens“, começou.
“Então, aquele documento não condizia com a realidade. Esse era um documento, ele foi acertado e enviado, nesse período, só fiz contato com diretor-adjunto da Abin“, afirmou o ex-ministro do GSI.
“A Abin não me passou nenhum relatório. Não adulterei nem fraudei nenhum documento. […] Só tomei conhecimento desse compilado de mensagens após o dia 8, e não mandei alterar“, disse.
Gonçalves Dias nega ter servido água aos Bolsonaristas
Durante o seu depoimento nesta quinta-feira, G. Dias afirmou com todas as letras que não serviu água para os bolsonaristas que invadiram o Palácio. E que além disso, não compactuou com a invasão aos prédios públicos.
“Existe uma narrativa de que facilitei ou deixei por facilitar. Mas não servi água para ninguém. Aquela imagem do major servindo água foi gravada às 15h59. A minha, às 16h30. A defasagem dele dando água com a minha é de 30 minutos. Eu não estava junto dele. Não servi água, não fui conivente com o que estava acontecendo. […] Não mandei distribuir água”, começou.
“Esse procedimento do major José Eduardo Natale está sendo ouvido em um processo de sindicância que mandei instaurar. Isso vai ser apurado, e ele vai ser punido se tiver errado”, complementou.
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